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O que é a lanterna japonesa, a Ishitoro

Conheça tudo sobre a lanterna japonesa, o principal e mais tradicional  adorno do jardim japonês, chamada Ishi-toro (ou Lanterna de Pedra) muito conhecida por ser uma arte milenar.

A tōrō (灯籠 ou 灯 篭, 楼 楼 cesta leve, torre de luz)  é uma lanterna japonesa tradicional feita de pedra, madeira ou metal. 
Como muitos outros elementos da arquitetura tradicional japonesa, originou-se na China; no período entre 540 e 645, em templos budistas.

Antigas lanternas de pedra do período Nara no Japão

Nas eras Kamakura (1185-1333) e Muromachi (1392-1568), as lanternas foram usadas apenas nos recintos dos jardins de templos budistas e shintoístas. As mais antigas lanternas japonesas  de bronze ou pedra, podem ser encontradas em Taima-dera construída durante o período Nara.

Na era Momoyama (1568-1615), as lanternas japonesas de pedra foram popularizadas pelos mestres do chá  e diminuíram de tamanho para serem usadas como decoração nos pequenos jardins residenciais. Como a cerimônia do chá era realizada ao entardecer, a sua função era iluminar o caminho dos convidados através do percurso, assim a lanterna possuía um caráter mais utilitário. Mais tarde foram criados novos modelos, de acordo com a necessidade.

O jardim japonês em Cowden em 1909.

As lanternas de Bronze  foram substituídas pela lanterna de pedra, pois prevaleceu o gosto pelo aspecto rústico e natural , e nesse caso é chamado ishi-tōrō (literalmente, “Lanterna de Pedra”).  Nos jardins japoneses modernos as lanternas japonesas têm uma função puramente ornamental e são colocados ao longo de caminhos, perto da água ou da bacia de pedra (tsukubai), ou ao lado de um edifício, podendo simbolizar um farol numa costa.  

Diagrama da lanterna japonesa

Hōju ou hōshu, (宝珠 literalmente jóia):

A parte em forma de cebola no topo do remate.

Ukebana, (  literalmente recebendo flor):

O suporte em forma de lótus do hōshu.

Kasa,  ( literalmente guarda-chuva):

Um guarda-chuva cônico ou piramidal cobrindo a caixa de luz. 
Os cantos podem se enrolar para formar o chamado warabide (蕨 手).

Hibukuro, (袋 袋 literalmente saco de fogo):

A caixa de fogo onde o fogo está aceso ou a lâmpada.

Chūdai, (台 台 plataforma literalmente central):

A plataforma para a caixa de luz/fogo.

Sao (竿 literalmente poste):

O poste vertical, circular ou quadrado em seção transversal. também formada como um conjunto de quatro pés arqueados (em lanternas de Yukimi).

Também há outros componentes como o Kiso (基礎 literalmente fundação), uma base, geralmente arredondada ou hexagonal que está ausente ausente em  algumas lanternas  (veja abaixo).

Tipos e estilos de lanterna japonesas

Existem estilos muito variados de lanternas. Originalmente, eram obtidas nos templos budistas ou montadas com bases de fundações de pilares. Como a oferta desses materiais ficou limitada, os mestres da cerimônia do chá desenharam lanternas para uso em seus próprios jardins.


De um desenho de imitação dos modelos mais famosos eles passaram a criar desenhos próprios, inclusive batizados com os nomes dos próprios mestres.

As lanternas de pedra podem ser classificadas em cinco grupos básicos, cada um possuindo numerosas variantes.

1)   Lanternas de pedestal _Tachidōrō (  灯籠), ou Tachi-gata | , são muito comuns. A base está sempre presente e a caixa de luz pode ser decorada com esculturas de veados (Kirin) ou peônias.  São as maiores lanternas, geralmente compostas por cerca de seis peças empilhadas. Existem mais de 20 subtipos.   

O exemplo mais comum é a Kasuga ou  Kasuga-dōro (春日 灯籠).

Esta tradicional lanterna japonesa é talvez a mais popular das lanternas de pedra de estilo tachi-gata ou pedestal, que podem ser colocadas em qualquer superfície firme e plana capaz de aguentar seu peso.

Composto por 6 peças, o guarda-chuva é pequeno e tem seis ou oito lados com warabite (“caracóis”) nos cantos. A caixa de luz é hexagonal ou quadrada com esculturas representando veados (Kirin), o sol ou a lua.

Costuma ser  colocada em um local proeminente, como perto do segundo torii de um santuário. A lanterna em estilo Kasuga é originária do Santuário de Kasuga em Nara, no Japão, onde mais de 3.000 lanternas de pedra podem ser acesas em ocasiões especiais. Uma das esculturas em relevo, retrata um dos muitos cervos protegidos (Kirin) que vivem na floresta ao redor do santuário. Segundo a lenda, o cervo  é um mensageiros dos deuses que trazia notícias do paraíso. 

Outro exemplos de Tachi-gata: 

O Modelo Nishinoya pertence à família de lanternas Japonesas denominadas de Shinto, tendo um pedestal alto como característica principal. 

2) Lanternas enterradas _ikekomi-dōrō (活 け 込 み 燈籠) ou Ikekomi-gata,  são lanternas de tamanho moderado cujo poste não repousa sobre uma base, mas vai diretamente para o chão.  Por causa de seu tamanho modesto, eles são usados ​​ao longo de caminhos ou com bacias de pedra em jardins. Um exemplo é a Oribe-dōro (織 部 灯籠). Este é um tipo de lanterna pensada especificamente para o uso do jardim por Lord Furuta Oribe (1544-1615),foi projetada por ele mesmo.


A caixa de luz quadrada (hibukuro) fica em uma plataforma central quadrada (chudai) com um fundo afunilado. Tem aberturas frontais e traseiras quadradas, às vezes cobertas com shoji.

 A caixa de luz é coberta por um telhado de pedra inclinado de quatro lados (kasa) e coroada por uma joia (houju) alongando. Lorde Oribe era um famoso mestre do chá e um praticante do estilo de vida Sukiya (ou Cerimônia do Chá). Ele estudou com Sen No Rikyu, cujos ensinamentos do “Caminho do Chá” mudaram profundamente sua apreciação e, com isso, toda a cultura do período Edo. Oribe tinha grande apreço pelos utensílios da cerimônia do chá e tem um estilo de cerâmica em homenagem a ele.

Lanterna pensada especificamente para o uso do jardim por Lord Furuta Oribe

3) Lanternas móveis_ Oki-dōrō (  燈籠) ou Oki-gata , devem seu nome ao fato de que eles apenas descansam no chão, e não são sustentados de forma alguma. Este tipo provavelmente é derivado de lanternas suspensas, as quais elas freqüentemente se assemelham, deixadas para descansar no chão. Eles são comumente usados ​​em torno de entradas de casas e ao longo de caminhos. São pequenas, baixas, sutis e frequentemente colocadas “à beira de um lago, ao lado de um caminho, ou em jardins muito pequenos no pátio”.

4) Yukimi-dōrō (雪見 燈籠),  ou Yukimi-gata. São lanternas de visualização da neve, assim chamados por causa da maneira delicada como elas mantêm a neve no telhado, elegantes com pernas abertas e telhados largos, podendo ser quadrados, hexagonais ou até redondos.

Têm como base não um poste, mas de uma a seis pernas curvas, e um amplo guarda-chuva com um remate baixo ou ausente. Geralmente baixas, são mais comumente usadas em jardins.  A colocação tradicional é perto da água.

Provavelmente foi desenvolvido durante o período Momoyama, e os exemplos existentes mais antigos são encontrados no Katsura Villa em Kyoto, e remontam ao início do período Edo (século XVII).

A yukimi de apenas uma perna é chamada de Rankei.
A Yukimi com duas pernas é chamada de "Kotoji"
Yukimi de quatro pés. O teto pode ser quadrado, sextavado ou mesmo redondo.


5 ) Nozura dōrō (  灯籠) são lanternas feitas com pedras ásperas e não polidas.

Inspiradas na estética wabi-sabi (beleza derivada de um processo natural e imperfeita e impermanente), estas lanternas de pedra são criadas a partir de pedras naturais, utilizando o mínimo de entalhes. Cada lanterna de pedra Wabi é única.

Lanternas estilo Nodumi imitam o empilhamento de pedras e possuem aspecto rústico

Do tradicional ao moderno, e até para os jardins de inverno

Lanterna em jardim tradicional : estilo natural de Wabi-sabi

Na tradição japonesa, embora as lanternas de pedra sejam ornamentos, muitas vezes elas são posicionadas em pontos onde elas têm uma função utilitária.  Esta prática tem como objetivo lembrar os visitantes sobre a vida graciosa e o estilo de vida wabi. Nesse estilo de jardim, as lanternas japonesas, ficam totalmente expostas ao tempo, vão adquirindo musgos e ficando cada vez mais disfarçadas pela vegetação, quase se incorporam ao ambiente natural.

No jardim japonês tradicional, a lanterna está "disfarçada" pela natureza e pelo tempo. (wabi-sabi)

Lanterna em jardim estilo cerimônia do chá: elegância na recepção

Quando a cerimônia do chá começou a incorporar elementos cada vez mais decorativos , a lanterna de pedra passou a ser o ponto focal em uma vista do jardim, em vez de misturar-se em seu entorno. A lanterna japonesa passou então à adornar a frente das casas, juntamente com a fonte (tsukubai) como uma forma de recepção.

Com a cerimonia do chá, as lanternas ganharam lugar de destaque.

Lanterna em jardim interno: estilo moderno Tsubo-Niwa

Com a mudança do estilo de habitação moderno, surgiram os “Tsubo-Niwa” , que pode ser traduzido como “Jardim Japonês Moderno”. Atualmente a grande maioria das pessoas não podem dispor de amplos espaços para o seu jardim, desta forma os paisagistas do Japão pensaram em sintetizá-lo em um nicho com os principais ícones do jardim Japonês, resultando em um pequeno jardim que pode ser adaptado a inúmeros espaços como jardins de inverno, sacadas, fachadas, etc.

Exemplo de tsubo-niwa, onde os elemento do jardim podem ser trazidos para dentro da residencia.

Então, qual design combina com você? Depende do tamanho do seu espaço e do que você pretende –  algo  tradicional ou moderno? 

A vantagem do jardim japonês é o fato de primar pelo  minimalismo, onde com poucos elementos conseguimos resultados incríveis. 

Acompanhe em nossa fanpage no Facebook  e no Instagram inúmeros exemplos de espaços pelo Brasil utilizando nossas lanternas de pedra, provavelmente algum irá dar uma boa ideia para o seu jardim.

Veja nossas lanternas japonesas decorando o Vale do Amor, em Petrópolis _RJ :

Onde comprar uma lanterna japonesa Ishi-toro?

A melhor maneira de encontrar lanternas japonesas é pela compra online, pois  ainda é muito difícil de encontrar artigos para jardim japonês em lojas  especializadas em paisagismo ou até mesmo em lojas de decoração.

No mercado existem imitações feitas de concreto celular (conhecido com mdf de concreto) bem como outros matérias menos duráveis e nada tradicionais.

Se optar por uma importadas , o preço será altíssimo por conta do frete. 

Somos o único atelier que produz lanternas japonesas, ishi-toro, artesanalmente a partir da pedra. Produzimos vários modelos e enviamos para todo Brasil.

Elas custam entre R$ 250,00 e R$ 8699,00. O preço do frete varia, para o região sudeste por exemplo, fica em torno de R$150,00. Esta é  a melhor opção custo-benefício. Pode-se solicitar um orçamento sem compromisso no site.

Diferentemente das importadas, você pode  falar diretamente com o produtor afim de tirar duvidas e outras informações sobre entrega, instalação, manutenção etc.

Nossa lanterna japonesa já acompanha sistema elétrico embutido, sendo super rápida a montagem e instalação.

Jardim Japonês – História

Jardins Japoneses: Nihonteien

 

      Os tradicionais jardins japoneses constituem um dos pontos representativos da cultura nipônica, sendo reconhecidos por sua beleza e complexidade singulares em qualquer parte do mundo. 
      Os jardins japoneses, como os conhecemos hoje, construídos a partir de diversos conceitos estéticos e religiosos, tiveram sua origem a partir do período auge da aristocracia japonesa, a Era Heian (794~1185).   

     Mas, na verdade, a convivência dos japoneses com o manuseio da natureza possui tanto tempo quanto a própria civilização. 

      Desde a pré-história do arquipélago (Era Yayoi, 300a.C.~300d.C.), quando o homem primitivo tomou consciência da agricultura, fixando-se em pequenas vilas, a disposição da paisagem natural passou a influenciá- lo e por ele ser influenciada.

      Como resultado desse processo, os jardins expressam a relação do homem com a natureza, a qual foi sendo concebida e aprofundada, com o passar do tempo, por meio de conceitos espirituais, estéticos e intelectuais.

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O jardim japonês e suas concepções filosóficas

      Para que se entenda o real significado desse tipo de jardim, é necessário que se compreenda a peculiar relação dos japoneses com os elementos da natureza, uma vez que, para eles, além de ser a origem da vida e da terra onde vivem, a natureza também compreende a morada das divindades (kami).
      Segundo a crença religiosa japonesa, o Xintoísmo (Shinto) define a origem do Japão e de seu povo por meio de divindades que controlam a vida e as forças naturais (a história da formação do Japão e de seu povo foi concebida a partir da compilação de mitos antigos denominada Kojiki, ou Relatos de Fatos do Passado). 
      Dessa forma, localidades exóticas como cachoeiras, árvores anciãs ou grandes rochas, representações muito freqüentes na arte da jardinagem, podem ser consideradas sagradas, por simbolizarem a morada das divindades naturais.

Niwa e Sono

     As palavras que, na língua japonesa, costumam ser mais usadas para denominar “jardim” são niwa e sono, ambas registradas pela primeira vez em literatura na primeira compilação poética japonesa, do início do século VIII, chamada Man’yôshû. 
      O primeiro ideograma denomina um território não controlado pelo homem, de característica mais natural, e o segundo um território cercado, uma natureza de característica mais controlada. 
      O interessante é que ambos os ideogramas podem ser usados juntos, tomando a pronúncia chinesa Teien, que siginifica não apenas a palavra “jardim”, mas também expressa um conceito básico da arte da jardinagem: o equilíbrio entre a beleza natural e aquela construída pelo homem. 

      A jardinagem, como uma arte propriamente dita, foi introduzida ao Japão pela China e Coréia, nas Eras Asuka (552~710) e Nara (710~794), períodos marcados pela grande importação de conceitos religiosos e culturais. Essa importação ocorreu por meio da vinda ao Japão de alguns especialistas nessa arte, como o imigrante coreano Michiko Takumi, citado na compilação histórica Nihon Shoki (Crônicas do Japão, datada do início do século VIII), como um artista que construiu um jardim no Japão no século VII, chamando a atenção do povo japonês para a beleza dessa arte.
     A jardinagem que concentra concepções religiosas e intelectuais passou a se desenvolver a partir desses períodos, tomando diferentes significados e formatos.
     A arte de se criar jardins, introduzida ao Japão por volta dos séculos VI ou VII, por meio de imigrantes chineses e coreanos, tomou forma e conceitualizações mais definidas durante os tempos áureos dos palácios da aristocracia da Era Heian (794~1185). Seus jardins eram construídos na parte sul da propriedade (nantei) e a sua principal característica era o grande espaço aberto, normalmente coberto com areia branca, parte pela limpeza estética proporcionada por esta, e parte para facilitar uma grande variedade de eventos realizados pelos aristocratas, como recitais de poesia e torneios de arco e flecha

     Contudo, o que mais chama atenção neste tipo de jardim é a presença de uma grande lagoa com uma ilha no centro. Esta ilha era ligada às extremidades por pontes. 

     De fato, como é possível se ver na literatura, naquela época, uma das palavras para a denominação “jardim” era shima (ilha). 

     E como essas lagoas também eram utilizadas para passeios em pequenas embarcações, esse tipo de jardim é conhecido atualmente como Chisen Shûyû Teien, ou Jardim de passeio na lagoa.

O jardim Zen

      Mais tarde, o idealismo da Era Heian tornou-se realidade. Durante as Eras feudais de Kamakura (1185~1333) e Muromachi (1333~1568), os jardins mais construídos no Japão eram aqueles provenientes dos conceitos do Zen-Budismo.
      Estes são chamados de kare-san-sui (literalmente, seco-montanha-água), nome que alude à composição deste jardim, que cria um cenário metafórico de montanhas e águas (rios ou mares), sem que nenhuma água real seja utilizada. A areia do chão é varrida, representando o fluir das águas, e as pedras dispostas de forma que remetam a montanhas. Esse tipo de jardim, normalmente possui uma extensão pequena, não sendo próprio para que se passeie por ele, mas sim para que seja explorado mentalmente.
      Muitas fábulas Budistas podem ser transmitidas pela disposição de seus componentes e sua confecção e manutenção é, geralmente, tida como um exercício de meditação para os monges Zen, os quais consideram manter o jardim limpo e organizado um meio de manter a alma pura e concentrada. 

O Jardim do chá

      Durante o fim da Era Muromachi e toda a Era Azuchi Momoyama (1569~1600), a construção de outro tipo de jardim se tornou comum: o jardim voltado para a cerimônia do chá. 
      Com o desenvolvimento desta prática e sua constante realização pelos guerreiros e aristocratas, um tipo de jardim que configurasse apropriadamente as casas de chá se tornou necessário. Dessa forma, o jardim do chá, ou roji (caminho), é famoso por ser encontrado na entrada das casas de chá.
      Suas principais características são as pedras no chão, que demarcam o caminho da rua à casa (tobi-ishi), e as luminárias de pedra (ishidôrô), ambos elementos típicos da jardinagem japonesa.

      Este tipo de jardim tinha como objetivo preparar psicologicamente seu visitante para a prática do chá, pois é um caminho que o acalma e o concentra até a entrada no estabelecimento.

      Durante o fim da Era Muromachi e toda a Era Azuchi Momoyama (1569~1600), a construção de outro tipo de jardim se tornou comum: o jardim voltado para a cerimônia do chá. 
      Com o desenvolvimento desta prática e sua constante realização pelos guerreiros e aristocratas, um tipo de jardim que configurasse apropriadamente as casas de chá se tornou necessário. Dessa forma, o jardim do chá, ou roji (caminho), é famoso por ser encontrado na entrada das casas de chá.
      Suas principais características são as pedras no chão, que demarcam o caminho da rua à casa (tobi-ishi), e as luminárias de pedra (ishidôrô), ambos elementos típicos da jardinagem japonesa.

      Este tipo de jardim tinha como objetivo preparar psicologicamente seu visitante para a prática do chá, pois é um caminho que o acalma e o concentra até a entrada no estabelecimento.

Os Jardins modernos - Tsubo Niwa

      Durante a Era Edo (1603~1867), houve uma grande urbanização do país e algumas pessoas melhores colocadas socialmente passaram a viver em cidades (chônin). Por isso, a construção de amplos jardins foi se tornando impossível, e a arte da jardinagem acabou sendo levada para dentro de casa. 

      Os chamados jardins tsubo, que concentravam toda a beleza e a conceitualização dos grandes jardins num espaço restrito, são resultado desses fatores.

      Sua principal característica é a concentração de diversos elementos de tipos anteriores de jardins, para a apreciação visual e a ponderação mental por parte de seus apreciadores, sejam eles os donos do jardim, seus convidados ou clientes. Além disso, ostentam cultura e beleza.

 

      Tsubo-Niwa pode ser traduzido como “Jardim Japonês Moderno”. Atualmente a maioria das pessoas não podem dispor de amplos espaços para o seu jardim, desta forma os paisagistas do Japão pensaram em sintetizá-lo em um nicho com os principais ícones do jardim Japonês, resultando em um pequeno jardim que pode ser adaptado a inúmeros espaços como jardins de inverno, sacadas, fachadas, etc. Desta forma, conciliando de forma simples elementos como Bambu, Pedras, poucas plantas, 1 lanterna e 1 Tsukubai, podemos ter nosso Jardim Japonês com um efeito estético digno dos melhores jardins do Japão.

     Embora tenhamos nos restringido apenas a esses tipos de jardins, existem diversos outros jardins japoneses, pois esse tipo de atividade possui mais de mil anos de desenvolvimento e sua beleza e complexidade são amplamente estudadas e apreciadas por curiosos de todo o mundo.     

Bibliografia:

Site www.fflch.usp.br/dlo/cejap 

Tel.: (11) 3091-2426 (secretaria),3091-2423 (biblioteca) 
Assessoria técnica: Patrícia Izumi.  Centro de Estudos Japoneses/USP.
Crédito: Bolsistas de Toyama 2005/2006, curso de Língua e Literatura Japonesa (FFLCH/USP).
Revisão: Profa. Dra. Junko Ota
Colaboradores: Pedro Ferreira Perrenoud Marques
Coordenação: Koichi Mori.