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Como criar um espaço de meditação em casa

Saiba como criar ambiente ideal para meditar

cantinho zen
Com alguns elementos podemos montar um cantinho de meditar. Aqui temos uma fonte (tsukubai) com uma torô Shimen Shinto

Montar um cantinho zen para meditar ou relaxar na sua casa é mais fácil do que parece.
O importante é que você se sinta em paz nesse espaço, que pode ser uma varanda, quintal, jardim, um cômodo ou até mesmo entre um móvel e outro!

A importância de meditar

A mudança de rotina imposta pela pandemia do corona vírus levam muitos brasileiros à uma crise de ansiedade e depressão.

Uma maneira de combater esses desequilíbrios emocionais e mentais dos tempos modernos de forma natural é a meditação. Meditar é se concentrar em uma única coisa, como a respiração ou em um mantra, com o objetivo de reduzir a atividade mental.

Os benefícios da meditação são inúmeros : diminui o estresses, aumenta a imunidade, melhora cognição, diminui a ansiedade, melhora a depressão, melhora as dores crônicas, diminui a frequência cardíaca, controla a pressão arterial e melhora o sono.

Mas, é verdade que não é tão simples assim se sentar, fechar os olhos e desligar a mente. Por isso, reunimos algumas dicas de como montar um cantinho ideal para relaxar a mente e manter o foco em pensamentos que realmente importam. Trouxemos algumas idéias da decoração do espaço seguindo uma linha de estilo mais voltada para o design japonês, porém é importante lembrar: não existe uma regra. Decore com elementos que façam sentido para você e passem sensação de tranquilidade.

Depois de montar esse ambiente, que não precisar ser muito grande, basta se concentrar no agora e contemplar a beleza e o conforto do local que você criou. Busque seu estado de felicidade e energia interior.

Escolha o Lugar

O primeiro passo, é definir em que espaço da casa ou apartamento você vai querer montar seu cantinho destinado à meditação – ele precisa ser grande o suficiente para caber você sentado – no chão sob uma esteira com almofada ou mesmo em um puff, cadeira ou sofá.

Ele pode ser numa varanda ou área externa para quem faz questão do ar puro, dentro de um cômodo se você prefere um clima mais intimista ou até em um cantinho da sala de estar.

É preciso ter em mente que o cantinho zen tem o objetivo de proporcionar tranquilidade, então, se for possível, escolha o local mais silencioso da casa.

Lanterna de Pedra estilo Yukimi Quadrada
Lanterna de Pedra estilo Shimen Shinto e Tsububai
Almofadas trazem conforto para a contemplação
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um pequeno espaço pode ser transformado para trazer tranqulidade mental. Lanterna grande estilo Oribe, Lanterna pequena estilo Oki-gata e fonte Tsukubai

Elementos decorativos trazem intenção

Uma vez que você definiu qual vai ser a localização do seu cantinho zen, é hora de partir para a decoração do ambiente, que deve remeter à paz e tranquilidade que o espaço pede.   Crie um ambiente que promova a sua reconexão com a natureza, para trabalhar a memória de que fazemos parte da natureza. Tenha elementos que te reconectem com a sua natureza, com a sua essência.

As cores podem ser mais claras e sóbrias, para trazer essa sensação, podendo ser utilizados alguns toques de cores que te tragam uma sensação boa.

Um pequeno espaço pra contemplação
Em um canto, alguns elementos naturais

Outra forma de trazer boas energias para o seu cantinho zen é incluir uma Fonte para que o som do fluir da água traga sua mente para o momento de relaxamento. O som da agua corrente nos lembra que nossos pensamentos são fluídos ao mesmo tempo que nos conecta à natureza.

Na cultura japonesa, as fontes (ou bacias) são chamadas de Tsukubai, que significa “reverência”, pois no Japão antigo era preciso inclinar-se para poder usar a concha e se lavar , purificando-se assim para a entrada numa cerimônia do chá. Simbolizava a purificação.

Se você tem alguma religião, pode optar por inserir elementos dessa crença no ambiente também. Budas, Imagens de Santos, etc, trazem boas energias, ao invocar simbolicamente seres iluminadas, e também auxiliam da decoração.

Iluminação

As lanterna de pedra são um elemento muito recomendado para estes espaços, pois segundo a tradição Japonesa, têm a função simbólica de iluminar a mente dos frequentadores do Jardim.

A iluminação faz toda a diferença em um espaço que é voltado para o relaxamento. Neste caso, o ideal é que você aposte nas luzes indiretas.
Luzes em tons de amarelo, que lembram o das velas, combinam perfeitamente com este ambiente. Quanto mais quente o tom, maior a sensação de conforto que ele vai proporcionar.

Lanterna Oki-gata
Lanterna Shimen Shinto
Lanterna Oki-gata

Jardim japonês: de dentro para fora

A Frontalidade é um dos efeitos mais intrigantes na observação dos jardins japoneses.

Um cenário externo que é observado de dentro de um ambiente ou de uma varanda, onde normalmente pode-se sentar em um piso de madeira aconchegante.

Esse tratamento ocorre tanto nos jardins de passeio com lago, onde a vista tem uma escala grandiosa, como nos jardins de contemplação, que são menores e mais contidos.

De qualquer maneira, este efeito é um dos mais perfeitos ao propiciar momentos de manter o corpo estático e em descanso, permitindo, assim que os olhos pensem e a percepção seja invadida pela beleza plástica.

Efeito frontal com objetos que criam assimetria: rochas, plantas, fonte tsukubai e Lanterna de Pedra

Uma interessante contradição ocorre na relação entre a arquitetura do edifício e o jardim.

As construções usam como modulação o tatami, que é elemento do piso tradicional do Japão, feito de palha de arroz prensada revestida de esteira de junco no formato retangular.

Seu formato cria uma relação proporcional entre as paredes, divisórias e pisos, criando um ambiente interno totalmente simétrico.

No entanto, a paisagem do jardim observado busca essencialmente a assimetria e a fuga dos elementos alinhados entre si ou formando figuras perfeitas.

Essa aparente contradição é perfeita em sua oposição formal, no qual, por dentro de uma moldura ortogonal com caráter de frontalidade exata, revela-se o cenário idílico e irregular do jardim japonês assimétrico.

Fonte Bibliográfica: KALOUSTIAN, Sergio Sarkis. Jardim Japonês: A magia dos jardins de Kyoto. 1 Edição. São Paulo: Editora K, 2010.