O Vale do Amor é um santuário ao ar livre, localizado em Petrópolis – RJ , e idealizado pelo Sérgio Fecher, coordenador da Fraternidade Cósmica Universal. É um lugar maravilhoso, literalmente no meio de um vale, com uma energia única!
O lugar que está de braços abertos para todas as religiões. Você vai encontrar, por exemplo, um Ashram (comunidade com o intuito de promover a evolução espiritual dos seus membros) com templos cristãos, hindus, budistas e taoistas. Altar de Ganesha, Cachoeira da Umbanda, Igrejinha de Francisco e Clara, Altar de pedra do Buda , e o jardim japonês com o símbolo do Yin-Yang são algumas atrações que lá existem. É realmente um lugar para todos – não importa a sua religião ou a sua cresça. É uma grande honra para o Lanterna de Pedra participar deste lugar tão especial com nossas esculturas! Seguem algumas fotos:
Fontes:
http://maladeaventuras.com/
Facebook do Vale do Amor: https://www.facebook.com/valedoamor/
Existe um tipo de lanterna de jardim japonês, chamada de Oribe - 織 部 灯籠 - Este é um tipo de lanterna projetada especificamente para uso no jardim por Lord Furuta Oribe (1544-1615).
Lord Oribe era um famoso mestre do chá e praticante do modo de vida Sukiya (ou cerimônia do chá).
Ele estudou com Sen No Rikyu, cujos ensinamentos do “Caminho do Chá” mudaram profundamente sua apreciação e, com ela, toda a cultura do período Edo.
Oribe apreciava muito os utensílios da cerimônia do chá e tinha um estilo de cerâmica com o nome dele para a confecção desses utensílios.
Oribe se tornou o principal mestre do chá no Japão após a morte de Rikyū, e ensinou a arte do chanoyu ao segundo shogun Tokugawa, Tokugawa Hidetada. Entre seus outros famosos alunos da cerimônia do chá estavam Kobori Enshū, Honami Kōetsu e Ueda Sōko.
E foi em suas inovações sobre a cerimônia do chá, que Lord Oribe projetou também um estilo de específico de lanterna torô para jardim japonês, com sua assinatura. Ela é chamada até hoje de Oribe – 織 部 灯籠 (1544-1615) e tem as seguintes características, mantidas pela tradição até hoje:
Não possui pedra fundamental, mas fica em um pedestal direto no chão para garantir a estabilidade, essa classe das lanternas toro é conhecidas como “ikekomi”.
A caixa de luz quadrada (hibukuro) fica em uma plataforma central quadrada (chudai) com fundo cônico.
Possui aberturas quadradas na frente e atrás, às vezes cobertas com shoji (papel de arroz).
As aberturas direita e esquerda representam a lua.
A caixa de luz é coberta por um telhado de pedra de quatro lados (kasa) e coroada por uma jóia em forma de botão (houju), semelhante a um botão de lótus.
Conheça o modelo Oribe que fabricamos, neste link:
A Frontalidade é um dos efeitos mais intrigantes na observação dos jardins japoneses.
Um cenário externo que é observado de dentro de um ambiente ou de uma varanda, onde normalmente pode-se sentar em um piso de madeira aconchegante.
Esse tratamento ocorre tanto nos jardins de passeio com lago, onde a vista tem uma escala grandiosa, como nos jardins de contemplação, que são menores e mais contidos.
De qualquer maneira, este efeito é um dos mais perfeitos ao propiciar momentos de manter o corpo estático e em descanso, permitindo, assim que os olhos pensem e a percepção seja invadida pela beleza plástica.
Efeito frontal com objetos que criam assimetria: rochas, plantas, fonte tsukubai e Lanterna de Pedra
Uma interessante contradição ocorre na relação entre a arquitetura do edifício e o jardim.
As construções usam como modulação o tatami, que é elemento do piso tradicional do Japão, feito de palha de arroz prensada revestida de esteira de junco no formato retangular.
Seu formato cria uma relação proporcional entre as paredes, divisórias e pisos, criando um ambiente interno totalmente simétrico.
No entanto, a paisagem do jardim observado busca essencialmente a assimetria e a fuga dos elementos alinhados entre si ou formando figuras perfeitas.
Essa aparente contradição é perfeita em sua oposição formal, no qual, por dentro de uma moldura ortogonal com caráter de frontalidade exata, revela-se o cenário idílico e irregular do jardim japonês assimétrico.
Fonte Bibliográfica: KALOUSTIAN, Sergio Sarkis. Jardim Japonês: A magia dos jardins de Kyoto. 1 Edição. São Paulo: Editora K, 2010.
” Na busca de uma imitação de seus cenários naturais deslumbrantes e dinâmicos, e ainda pela influência chinesa da construção de paisagens representativas de mundo ideal do budismo, os jardins japoneses são miniaturas de imensos cenários naturais.
Podem ser construídos tanto de maneira naturalista, através de vegetação, rochas e água, quanto de forma simbólica, por meio de pedriscos e rochas.
As nuances de luz e sombra, os tamanhos e a posição relativa entre os elementos são sempre manipuladas a fim de obter efeitos plásticos, típicos do paisagismo oriental.
Técnica Miegakure
Uma técnica recorrente em jardins japoneses, é o chamado “esconde e revela” (MIEGAKURE).
Partes de uma rocha ou arbusto são propositalmente escondidas ou camufladas para que a imaginação do observador preencha as continuidades espaciais do cenário e perceba as infinitas linhas de perspectivas.”
Referência Bibliográfica:
Kaloustian, Sarkis Sergio. Jardim Japonês: a magia dos jardins de Kyoto. 1
Referencia Bibliografica:Kaloustian, Sarkis Sergio. Jardim Japonês: a magia dos jardins de Kyoto. 1ª edição. São Paulo – SP : Editora K, 2010.
O elemento água é essencial em um jardim japonês, representa a vida, e no sentido budista, a sábia adaptação a todas as circunstâncias.
Para um jardim de amplo espaço , uma boa opção é uma cascata natural, sabiamente projetada por um paisagista, onde a água cai em um lago repleto de carpas KOI.
Projetada para isso...
A lanterna de Pedra , modelo Rakei, pode ser traduzido como “caminho da água. Possui um pedestal que projeta a luz na água.
Também há o Tsukubai , que representa sublimemente o elemento água.
O fluxo constante da água renova a energia, e oferece um som terapêutico ao ambiente.
Rios imaginários
Temos também a água bem representada no ”jardim zen”, onde as pedras grandes representam ilhas, e o cascalho branco representa o mar ou um rio. Os monges tem o costume de desenhar nos cascalhos os movimentos da água, como um exercício meditativo.
O tradicional jardim japonês não ostenta uma variedade muito grande de espécies em um mesmo jardim. As árvores e arbustos são aproveitados por sua boa adaptação ao ambiente, bem como em suas mudanças de forma, cor e tamanho. As considerações de projeto devem levar em conta a variedade, a idade, o número, a localização, a época e o método para plantação, tudo isso dentro do estilo e do desenho total. As plantas trazem a qualidade da sombra, frescor e dão profundidade ao espaço. Sua posição deve respeitar a da origem de seu habitat natural.
Os mestres paisagistas exploram o contraste entre imobilidade das rochas e o movimento e a variação dos vegetais para sugerir cenários miniaturizados do universo.
As árvores devem ter os galhos bem formatados e, mesmo em pequena escala, devem sugerir grandes árvores crescendo numa floresta natural. As cores verde, cinza e marrom são predominantes e permanentes, assim, flores de estação definidas devem provocar contraste ocasionais.
Para obter os efeitos de profundidade e ilusão espacial, a vegetação é usada da seguinte maneira:
Para a massa posterior – folhagem densa, pequena, coloração profunda.
Para a massa anterior – folhagem rarefeita, grande, cores suaves.
Árvores e arbustos
As três árvores mais presentes nos jardins são: os Pinus, Pinus densiflora (Pinheiro vermelho) e Pinus thunbergii – Kuro Matsuo (Pinheiro preto), as azaléas (Azalea indica var. simsii) e o Acer palmatum (Acer), também conhecido por Maple Japonês.
Os pinus permitem um trabalho escultural e possuem grande expressividade.
Outras árvores muito comuns nos jardins japoneses são: Prunus serrulata (Sakura) Pinus pentaphylla (Pinho branco Japonês), Cryptomeria japônica (Japonese cedar, a mais impostante e sagrada depois do pinus) e a Camelia japônica (Camélia).
Os arbustos ideais para serem podados e moldados são: O junípero, os pinheiros negro e vermelho e o cipreste.
Bambu
O bambu é muito usado nos pequenos jardins japoneses de residências como contraponto a uma lanterna de pedra ou rocha.
Um interessante exemplo de seu uso é a cerca viva de bambu da Vila Katsura Rykyu em que ramos são dobrados formando uma cerva viva.
Musgos
Com centenas de espécies no Japão, o musgo é particularmente privilegiado no clima úmido de Kyoto.
O musgo necessita de umidade e sombra, e seu uso como forração nos jardins, além da beleza de sua textura, funciona também como retenção de água e evita formação de barro.
Manutenção
Um aspecto que pode passar despercebido, dada a perfeição e limpeza formal dos jardins, se refere aos cuidados necessários à sua manutenção.
Nessa importância do cuidado extremo é que se reside a beleza e a permanência desse jardins.
O cuidado diário na manutenção é fundamental na apresentação visual dos jardins, uma arte da paciência e dedicação.
Os profissionais envolvidos nessa arte são extremamente especializados. Modelam os ramos dos pinus um a um, trabalhando cada agulha com um senso estético sofisticado.
Esse trabalho é feito geralmente na primavera. O controle das sombras desejadas no solo está diretamente relacionado a essas técnicas de poda.
Como exemplo, um pinheiro negro tem seu tronco entortado em forma de S, e o corte assimétrico e intercalado de seus ramos provoca um visual de uma elegante árvore exposta ao tempo e com uma idade muito mais avançada do que a real.
Fonte Bibliográfica: KALOUSTIAN, Sergio Sarkis. Jardim Japonês: A magia dos jardins de Kyoto. 1 Edição. São Paulo: Editora K, 2010.
Nodumi, é um tipo de escultura rústica da família das lanternas chamada de Nozura dōrō (野面灯籠), que pode ser traduzido livremente como “lanterna do campo” ou “empilhar a céu aberto”. São o tipo de escultura para jardim japonês que melhor traduz a filosofia natural de “wabi-sabi”.
São lanternas feitas com pedras ásperas e não polidas.
As primeiras lanternas japonesas eram assim criadas a partir de pedras naturais empilhadas, utilizando o mínimo de entalhes. Respeita-se a natureza da pedra como ela se apresenta.
É um símbolo da estética wabi-sabi (beleza derivada de um processo natural, imperfeita e impermanente). Uma maneira japonesa de admirar a natureza.
Nodumi é um termo japonês que pode ser traduzido como “empilhar”.
Inspirado nas formas naturais das rochas, estes foram os primeiros modelos de lanterna existentes no Japão, onde se empilhava blocos de pedra a fim de proteger das intempéries a chama que iluminava o caminho do jardim japonês. Se tornou um estilo muito frequente no Japão, pelo apreço desta cultura pelas formas espontâneas da natureza.
Nosso atelier se especializou na reprodução dos modelos tradicionais de lanterna para jardim japonês e a Nodumi é a favorita para criar ambientes com um toque mais rústico.
A Lanterna é entalhado em Rocha esteatita Dura, com receptáculo elétrico embutido.
Há também o Tsukubai Nodumi, disponível em nosso site, Lanterna de Pedra.
Para conhecer as lanternas e o tsukubai no estilo Nodumi que fabricamos, acesse estes links:
O Pagoda ou Pagode, é um modelo arquitetônico amplamente usado no Japão e China antigos, na construção de templos.
Chamado também de Goju-no-to.
Seu estilo próprio e significado o fez ser adaptada para jardins japoneses, em forma de ishi-dōrō (lanterna de pedra).
Em sua forma completa e original essa torô representa os cinco elementos da cosmologia budista.
A parte mais inferior, tocando o chão, representa o chi, a terra. A próxima seção representa sui ou água.
Ka ou fogo, é representado pela seção que envolve a luz ou chama da lanterna.
O fū (ar) e k (vazio ou espírito) são representados pelas duas últimas seções, mais acima e apontando para o céu, significa a energia divina, que mantém todos os elementos em harmonia.
Os segmentos expressam a ideia de que, após a morte, nossos corpos físicos retornarão à sua forma original e elementar.
Para conhecer os modelos de Pagoda que fabricamos, acesse estes links: